domingo, 26 de agosto de 2012

Sim, amei e ainda amo




Ah, ai estas tu, desculpa, não te tinha visto, percorri Matosinhos inteiro a tua procura, desculpa mas e que eu nem sei por onde começar.
Mas vou tentar, com que percebas bem, ela aparentemente era uma rapariga normal, igual a tantas outras com quem falava.
Tinha os olhos de uma cor que nem eu conseguia decifrar, mistura de verde-claro com azul claro, eram os olhos mais lindos do mundo, tinha um sorriso perfeito, uma pele sensível e macia, e eu com o tempo, fui me apaixonando.
-Mas assim tão rápido?
Não, nos eramos amigos, falava-mos por mensagens, nunca tínhamos estado juntos, e ate tivemos chateados mas a partir do momento em que estive com ela pessoalmente, não te consigo explicar, ela conseguiu-me impressionar, ela era tão perfeita, e ainda o é.
-Ora essa, ainda o é? Explica-me estou curioso.
Sabes, a primeira vez que a beijei, ambos estávamos a chorar, foi aqui, neste parque de Matosinhos, junto a esses velhinhos que estão a jogar cartas, mas foi o melhor beijo da minha vida, sentia que estavam ali dois corações juntos, não me esqueço nunca, foi dia 4 de junho, por volta das três horas, foi tão perfeito, eu trazia comigo um lindo ramo de rosas vermelhas que lhe dei, depois disso os dias foram se passando e os dias mais perfeitos eram, mas logo logo, acabou.
-Eish, mas porque?
Simplesmente, numa relação e preciso dois corações caminharem juntos no mesmo caminho e não em direções diferentes, e necessário sinceridade, e mais importante de tudo, haver amor entre as duas partes, e não era isso que acontecia, e nem três semanas deu, não foi por culpa minha, também, não foi por culpa dela, foi por culpa da vida, fiz o que pode, dei lhe tudo, passei fome para ter dinheiro para ir ter com ela, para lhe dar um miminho, e fazela feliz, a mulher mais feliz do mundo, e no fim, recebi desilusões, tristeza, noites em claro e dias fechados no quarto.
-Tu amavas mesmo a rapariga não?
Eu amava-a mais que tudo, mais que o meu amor-próprio, era é ainda o e algo que não consigo explicar, foi o grande amor da minha vida, um amor que nunca tive como meu, não me arrependo de nada, ela errou e eu errei em amar, não podemos dizer, nunca que não ao coração, não podemos negar o que ele sente, nem podemos esquecer simplesmente alguém que amamos, a cabeça pode, mas o coração não, tudo fica, tudo permanece.
-Mas se ela te fez assim tanto mal, já a esqueceste?
Nunca ira acontecer isso meu caro amigo, ela nunca me fez mal, ela simplesmente não fez um esforço para me amar, pois ela fez me muito bem, fez me crescer muito, andei dias em que me sentia rei do mundo, dono de tudo, e ainda hoje falo com ela, por uma relação não dar, não devemos terminar uma amizade, e sinceramente sim, ela ainda e dona de tudo aqui dentro, e sim tenho um certo odio de min, por não poder arrancar as páginas deste livro.
Não me arrependo de nada do que fiz, arrependo-me sim de não ter feito ela lutar por min.
-Isso é o amor? Amor de verdade não e? Estou a ganhar medo.
Amigo, tens doze anos, ainda és novo, ainda vais descobrir o que é o amor, não ganhes medo, pois um dia, a tal rapariga da tua vida ira aparecer, e te ira dar graças, a todas as quedas que deste na vida, eu ainda por ca espero, espero alguém que me prove que existem princesas, mas sempre com isto no coração, chama-se amor, amor de verdade sim.
Bem tenho de me ir embora, mas eu volto, vou trabalhar, sorri meu amigo, e que nada te faça tirar esse sorriso, obrigado amigo.
-Obrigado, nem sei mais que te dizer, aprendi o que é o amor
E eu aprendi a perdoar, amar e não esquecer, ate logo ;)